A Venezuela libertou 533 pessoas detidas após contestar os resultados da eleição presidencial ocorrida em julho, disse o procurador-geral do país, Tarek William Saab, em nota publicada nas redes sociais. O total é equivalente a cerca de 25% dos presos nos protestos.
Saab disse em comunicado publicado no Instagram que entre os dias 10 e 14 de dezembro foram registradas 179 liberações, que se somam às 354 solturas realizadas desde novembro após Maduro ter solicitado à procuradoria e aos juízes que revissem os casos.
As liberações foram solicitadas pela Procuradoria e aprovadas pelo sistema judicial local, segundo o comunicado, sem dar mais detalhes.
Mais de 2,4 mil adultos e adolescentes foram inicialmente sob acusações de terrorismo relacionadas aos protestos. Saab afirmou que pelo menos 10% dos detidos tinham entre 16 e 17 anos.
O grupo local de direitos humanos Foro Penal, informou que confirmou a libertação de 48 pessoas entre os dias 10 e 14 de dezembro, das quais 42 eram adolescentes.
Desde o início do processo de revisão de casos, o Foro Penal confirmou a libertação de 328 pessoas. Cerca de 1,9 mil permanecem detidas, segundo o grupo.
O resultado eleitoral é contestado pela oposição do país, que reuniu e divulgou mais de 80% das atas eleitorais cujos dados mostram que Edmundo González Urrutia foi o vencedor do pleito por larga margem. O governo venezuelano não divulgou as atas de maneira oficial.