O dólar à vista e os juros futuros vão às máximas na manhã desta sexta-feira, devolvendo parte do movimento de queda observado ao longo da semana. Com um possível aumento de risco no Brasil, o real se torna a pior moeda de uma cesta de 33 divisas, enquanto a curva de juros ganha inclinação por conta de uma alta mais forte na ponta longa.
Os juros futuros aceleraram alta, em especial na ponta longa da curva a termo, o que indica aversão a risco por parte dos agentes financeiros antes da apresentação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo. Segundo um operador, o mercado de juros também tem estado sensível desde as decisões do Copom e do Federal Reserve na última quarta-feira, e com isso os investidores têm zerado posições mesmo sem um gatilho claro para a dinâmica dos mercados hoje.
O movimento de “stop-loss” (contenção de perdas) no iene japonês devido à desvalorização da moeda hoje também poderia servir como gatilho para a piora dos mercados, diz um operador.
Neste contexto, por volta de 10h50, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento de janeiro de 2026 avançava de 12,045% do ajuste anterior para 12,165%; a do DI de janeiro de 2027 saltava de 12,015% a 12,195%; e a do DI de janeiro de 2029 aumentava de 12,09% a 12,290%.
Com a alta dos juros futuros, o Ibovespa recua, cedendo 0,62%, aos 132.292 pontos.