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VSR: um vírus silencioso que avança entre os idosos

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VSR: um vírus silencioso que avança entre os idosos

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18/07/2025 | 18h29

Uma tosse aqui, um mal-estar ali e, de repente, uma pneumonia. Para muitos idosos, o caminho entre sintomas leves e complicações graves pode ser curto, especialmente quando o causador é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Tradicionalmente associado às bronquiolites infantis, o vírus tem aparecido com frequência crescente entre adultos acima de 60 anos.

Segundo o Boletim Epidemiológico InfoGripe, do Ministério da Saúde, o VSR foi responsável por 45% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil na última quinzena de junho. No mesmo período, foi o segundo maior causador de óbitos por SRAG, com 17% dos casos. Somente este ano, mais de 62 mil hospitalizações por SRAG foram notificadas no País — número que pode ser ainda maior, devido à subnotificação. “O grande problema de vírus em células respiratórias é que ele não entra no radar das complicações respiratórias. Mas é um vírus que causa muita complicação, principalmente no extremo das idades”, afirma Filipe Prohaska, infectologista da Oncoclínicas.

Com sintomas confundidos com resfriado, Vírus Sincicial Respiratório está por trás de hospitalizações e ameaça a saúde de pessoas acima de 60 anos. Foto: Getty Image

Diagnóstico tardio e infecção cruzada

Entre adultos, é comum que os primeiros sintomas sejam tratados como uma gripe. O VSR, no entanto, pode causar infecções que variam de resfriados a pneumonia. A transmissão ocorre pelo contato com secreções de pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. O vírus inflama e obstrui as vias aéreas, dificultando a respiração — e a demora em buscar atendimento pode agravar o quadro. “Os adultos e os idosos tendem a se sentir mais fortes e, por isso, demoram mais para procurar ajuda. Isso pode levar a desfechos piores”, alerta Paula Peçanha, infectologista do Hospital São Paulo e coordenadora de controle de infecção do Hospital Edmundo Vasconcelos.

Outro ponto de atenção é o ciclo de infecção infantil, que afeta diretamente os idosos. “As crianças que frequentam creche estão muito suscetíveis porque os vírus se transmitem facilmente entre elas, e os cuidadores acabam se infectando”, diz Peçanha. Pesquisas mostram que pessoas em contato com crianças infectadas têm 22,6 vezes mais riscos de contrair o VSR — é a chamada infecção intradomiciliar, um dos principais meios de contágio entre idosos.

Por fim, é preciso ter em mente que não há tratamento antiviral específico aprovado amplamente para adultos com VSR, o que reforça a importância da prevenção.

GRAFICO MATERIA 1 Foto: Divulgação GSK

Prevenção: ações simples que fazem a diferença

Além da higienização frequente das mãos, ventilação de ambientes e uso de máscaras em locais fechados, é preciso focar a imunização. “As vacinas indicadas para pessoas acima de 60 anos são uma das principais estratégias para prevenção”, destaca Thúlio Marquez, pneumologista e diretor técnico do Uberlândia Medical Center (UMC).

Por isso, se o paciente tem mais de 60 anos, doenças crônicas ou convive com crianças, vale conversar com médicos sobre os riscos do VSR e formas de se proteger.

“As vacinas indicadas para pessoas acima de 60 anos são uma das principais estratégias para prevenção” Thúlio Marquez, pneumologista e diretor técnico do UMC

Fonte: Externa

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