Autoridades da União Europeia (UE) consideraram como ilegítima a eleição realizada neste domingo em Belarus e que provavelmente dará a Alexander Lukashenko, que está no poder há mais de três décadas, seu sétimo mandato como presidente do país.
Segundo as autoridades europeias, a repressão implacável do governo aos opositores, as restrições à participação política e o acesso à imprensa independente no país “privaram o processo eleitoral de qualquer legitimidade”. No comunicado, a UE também pediu que o governo de Belarus liberte os mais de 1.000 presos políticos do país.
“Por essas razões, assim como pelo envolvimento do regime bielorrusso na guerra de agressão da Rússia contra Ucrânia e seus ataques híbridos a seus vizinhos, a UE continuará impondo medidas restritivas e direcionadas [contra Belarus]”, acrescenta o comunicado, sem citar que sanções seriam aplicadas.
Antes do comunicado da UE, a líder da oposição em Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, que vive no exílio, havia classificado a votação deste domingo como uma “farsa” e disse que Lukashenko é um “criminoso que tomou o poder”.
A expectativa é que Tikhanovskaya se reúna com autoridades europeias ainda hoje, em Bruxelas, para uma reunião a portas fechadas que debaterá a situação em Belarus.