Tempo de tela, feed interminável, virais em uma rede, discussões inflamadas em outra, vídeos de bichinhos fofos no WhatsApp, e-mails lotando a caixa de entrada… Tudo isso na palma da mão. O debate sobre ter uma relação saudável com o celular não é tão recente e, mesmo assim, parece que as pessoas estão cada vez mais online e menos no mundo real.
Convenhamos, fazer um detox das redes sociais ou trocar o smartphone por um modelo antigo e com menos recursos não é uma solução viável, até mesmo por causa do trabalho. Então seria possível não ser refém da tecnologia e ainda fazer uso dela todos os dias? De acordo com especialistas consultados pelo The New York Times, sim.
Confira algumas dicas de como controlar o uso do celular (e não o contrário) e, enfim, parar de escutar o famoso “Larga esse telefone!” (sim, ainda é – também – um telefone!).
Essa é a pergunta que você deve fazer quando se der conta que ficou tanto tempo rolando o feed do Instagram que já sabe como está a vida da tia-avó de um amigo da terceira série.
É normal pegar o aparelho sem nem perceber, mas é preciso notar quando isso acontece e controlar esses impulsos. Se tornando consciente do que você está prestes a fazer, você interrompe um comportamento automático e desperta a parte do cérebro responsável pelo autocontrole.
A dica é do Richard J. Davidson, fundador e diretor do Centro para Mentes Saudáveis da Universidade de Wisconsin-Madison.
Anna Lembke, professora de psiquiatria e medicina anti dependência da Universidade de Stanford, disse ao jornal americano que um dos maiores problemas do vício em smartphones é o uso “em movimento”.
“Estamos perdendo uma riqueza de informações e sinais no mundo que nos rodeia, e também nos privando da oportunidade de processar e interpretar o que vivenciamos”, disse. Ou seja: evite usar o celular enquanto estiver caminhando de uma reunião para a outra, enquanto passa um café, enquanto caminha na esteira e, se quiser ousar um pouco, desligue o aparelho enquanto estiver no trajeto do ônibus.
Assim como o detox digital ou a troca para um celular não “smart” não é nada viável hoje em dia, ficar longe de aplicativos que você usa no dia a dia por muito tempo pode ser bem difícil – mas focar em outra coisa por dez minutinhos é bem mais fácil.
O neurocientista da Universidade da Califórnia Adam Gazzaley sugere agendar pausas tecnológicas de dez a 15 minutos no dia – mesmo que você programe essas pausas no seu próprio celular, como um lembrete “Fazer uma caminhada sem o telefone”.
Se fosse fácil confiar apenas na nossa própria força de vontade, tudo seria muito mais fácil. Mas ajustar o ambiente ao nosso redor, segundo James A. Roberts, especialista em comportamento do consumidor da Baylor University, facilita bastante.
Agendar o alarme do dia seguinte no celular é a porta da tentação para verificar “rapidinho” as mensagens do WhatsApp, as DMs do Instagram, e-mails do trabalho, o viral do TikTok ou as notícias da madrugada no X (e se envolver em alguma discussão online). Ter um despertador físico é uma solução bem simples. Anotar suas tarefas do dia em um papel e não nas notas do seu smartphone, também.
Uma dica que todos os quatro especialistas deram é: controle a tecnologia para que ela não te controle. Configure suas notificações apenas para e-mails classificados como urgente. Tire um dia da semana para responder mensagens no WhatsApp que sejam mais pontuais. Apague aplicativos que tomam o seu tempo e não são necessários – você pode usá-los no navegador do computador, por exemplo.
Pode parecer contraditório, mas assistir ao CNN Good News, o programa de boas notícias no YouTube da CNN Pop, pode te tirar do feed desnecessário e do vício compulsivo por alguns minutos – e ainda ficar por dentro das novidades positivas do Brasil e do mundo.
Um grupo de cachorrinhos, disponível pra adoção, está sempre presente a cada episódio. Adotá-los trará alegria para seu lar e ainda te manter distante do celular (porque fazer carinho neles, brincar e levar para passear vale muito mais a pena do que stalkear alguém do passado).
Para mais informações sobre como adotar, visite o Adote ViCa, centro de adoção parceiro do Good News.