BRAIP ads_banner

Retratos do Câncer: 4 histórias de como a vida segue depois do diagnóstico; assista

CasaNotícias

Retratos do Câncer: 4 histórias de como a vida segue depois do diagnóstico; assista

Isabella Fiorentino viraliza ao mostrar perrengue após SPFW; assista
Rock in Rio lança clipe de “Deixa o Coração Falar“; assista
Dua Lipa abraça o verão em clipe de “Illusion“; assista

06/08/2025 | 12h23

Em meio ao medo, à dor e às incertezas provocadas pelo câncer, quatro histórias mostram como o diagnóstico de uma doença grave pode ser também ponto de virada. Patricia, Evelin, Rafael e Luciana enfrentaram diferentes tipos de câncer — de ovário, mama e linfático — e, com o apoio de mães, filhos e companheiros, ressignificaram a forma de ver a vida. Entre perdas, tratamentos intensos e renascimentos, cada um encontrou no afeto e na força dos laços familiares o combustível para seguir em frente.

Patricia Campos relembra papel da mãe durante tratamento de câncer

Aos 40 anos, Patricia Campos, cofundadora da Care, recebeu o diagnóstico de um câncer de ovário em estágio avançado. Casada e mãe de um bebê de pouco mais de um ano, ela se viu diante de um dos maiores desafios da vida. “Só queria entender qual seria essa batalha. Fiquei com muito medo”, conta.

O tratamento exigiu força: foram várias sessões de quimioterapia e a retirada de todo o aparelho reprodutor. “O momento mais impactante foi quando a minha mãe me viu com a cabeça raspada. Ela enxergou na minha alma que aquilo estava demais para mim.”

Apesar da dor, Patricia encontrou espaço para a transformação. “Escolhi o tempo todo usar a doença para ressignificar algumas coisas na vida. Foi um momento de muita conexão com meu feminino.”

Em fevereiro deste ano, veio a alta. “Foi um dos melhores dias da minha vida. Dar essa notícia para minha mãe foi muito emocionante”, afirma. Hoje, ela segue em acompanhamento médico e, mais do que nunca, valoriza a existência. “Sinto hoje em dia que tenho muita gratidão pela vida.”

Diagnóstico aos 23 anos mudou a vida de Evelin Scarelli, que hoje atua no apoio a pacientes com câncer

Evelin Scarelli, relacionamento Institucional da Oncoguia, tinha 23 anos quando se espreguiçou num domingo, encostou a mão no seio e percebeu que havia algo fora do normal ali.

Ela não tinha histórico familiar, não sentia dor, levava uma vida saudável e ouviu do médico que não seria nada demais. Voltou depois de seis meses ao consultório e teve o diagnóstico de câncer. “A notícia do câncer faz com que a gente lide com o tempo de outra forma. Pedi uma semana para pensar naquilo.”

Mas o médico avisou que ela não teria esse tempo. Que a cirurgia era urgente para retirar a mama e iniciar a quimioterapia. “Os meus pais tentaram me poupar ao ver uma Evelin que eles aprenderam a conhecer: sem cabelo, com muitos drenos, frágil, sem uma das mamas. Nenhum pai sonha ver o filho dessa forma.”

Essa união com a família serviu de combustível para Evelin enfrentar essa batalha e seguir adiante. Depois de um tempo ela descobriu que tem uma alteração genética que faz com que seu corpo produza tumores.

Evelin precisou retirar outra mama anos depois, mas não a impediu de casar e ter um filho. Atualmente, ela precisa fazer um checkup a cada seis meses. “Não mudaria absolutamente nada do que passei até aqui. Saber que enquanto escuto sobre os avanços e sobre a ciência, posso fortalecer as pessoas no meu trabalho e também voltou fortalecida para casa”.

Aos 34 anos, jornalista descobriu câncer linfático e transformou a dor em união familiar

Até receber o diagnóstico, a palavra câncer tinha conotação com a morte para o jornalista Rafael Batista. Até que em 2020, quando tinha 34 anos, estava em uma viagem a trabalho e voltou com muita dor nas costas. Mas achou que fosse dor e cansaço. “Fui a um ortopedista e ele reparou que havia uma bolinha no meu pescoço. Fez a biópsia e tive o câncer linfático confirmado.”

A reação inicial foi de raiva. “Por que comigo? Você fica tentando reviver o que fez de errado. Fiquei meio avoado, contei para minha esposa e rolou aquele silêncio na ligação.”

Ele fez 12 sessões de quimioterapia durante seis meses. “Tentava não me olhar no espelho”. Quem deu forças para Rafael seguir na luta foi a filha. Estava em casa, sem forças e via minha filha correndo, me vendo como se eu não tivesse nada. Ela me deu essa leveza para seguir.”

O tratamento funcionou e agora é uma página virada na vida do jornalista. “Quando você vê que vai dar certo foi como se ganhasse um título. Pegou na família, mas trouxe mais união. E isso a gente leva.”

Do luto ao diagnóstico: Luciana enfrenta câncer logo após perda da mãe

A autônoma Luciana Cavalcante, um pouco antes do diagnóstico, precisou cuidar da mãe com um câncer agressivo e que não teve cura. Em janeiro de 2021, veio a descoberta de um tumor no útero e de outro mama.

“Será que só vou ter mais dois anos de vida como minha mãe. Mas falei: ‘não, quero viver e preciso cuidar da minha filha’.”

Luciana não teve tempo para ficar remoendo essa dor. Sua filha havia descoberto recentemente que tinha esclerose múltipla, uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a medula espinhal.

Durante as cirurgias e o tratamento de quimioterapia, ela seguiu cuidando da filha. “Receio de que a doença volte tenho, mas a mutação é algo muito forte. Não dá para controlar, então vamos ser feliz.”

Fonte: Externa

BRAIP ads_banner