O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), afirmou nesta segunda-feira que os parlamentares devem aprovar ainda este ano, “no mínimo”, o projeto de lei complementar 68, que instaura o imposto sobre bens e serviços (IBS) e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS).
A uma plateia de potenciais investidores no país, o petista exaltou a trajetória de crescimento do país com baixa inflação e desemprego nas mínimas históricas.
“Esse é o governo que mais aprovou medidas no Congresso Nacional desde a redemocratização, com 97% das medidas provisórias encaminhadas aprovadas. Aprovamos marco fiscal sustentável e isso tem resultado direto nas pessoas”, disse.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também fez questão de destacar o fato de que o país está longe dos principais conflitos geopolíticos do mundo, que tem relações com todos os países e que também tem estabilidade política interna.
Ele destacou que “80% dos prefeitos foram reeleitos, isso significa satisfação do povo com a vida. O resultado da eleição é o continuísmo”, disse.
Ele ponderou, no entanto, que o cenário de continuidade é impulsionado por uma crescimento de emendas parlamentares e que isto precisa ser revisto. “Há parlamentarização do Orçamento exagerada”, disse.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou que o país é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo mesmo diante de eventos climáticos extremos, como secas ou enchentes.
“Temos a mesma área produzida em termos de áreas degradadas. Ou seja, temos capacidade de produzir o dobro do que já produzimos hoje recuperando essas áreas.”
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, lembrou que o país tem energia abundante e renovável, um grande ativo em um mundo de transição climática, destacando que “85% da nossa eletricidade é hidroelétrica, solar eólica ou biomassa. Tem um caminho aí para atrair investimento para expandir nossa economia”.
Alckmin também destacou a aprovação da reforma tributária e citou estudo do Ipea que sugeriu que a medida pode elevar o PIB em 12 pontos percentuais em 15 anos.