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Médicos revelam 7 estratégias que eles mesmos usam para ter uma vida mais longa e saudável

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Médicos revelam 7 estratégias que eles mesmos usam para ter uma vida mais longa e saudável

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A expectativa de vida tem sido um tópico importante na área da saúde há décadas, mas, nos últimos anos, ela foi substituída por um foco na expectativa de saúde. Enquanto a expectativa de vida é simplesmente a viver mais, a expectativa de saúde se concentra na parte da vida em que a pessoa é considerada saudável.

Um estudo publicado na JAMA Network Open em dezembro analisou dados sobre a diferença entre a duração da vida e a duração da saúde em 183 países-membros da Organização Mundial da Saúde. Os pesquisadores descobriram que os americanos tinham a maior diferença: 12,4 anos. Em comparação, a diferença média global foi de 9,6 anos.

Os médicos ressaltam que é importante se concentrar na expectativa de saúde. “Nós nos concentramos muito no tempo de vida e na tentativa de viver mais, mas às vezes não entendemos que a qualidade dessa vida é tão ou mais importante”, diz Barbara Bawer, médica de medicina familiar do Wexner Medical Center da Universidade Estadual de Ohio. “A questão é como podemos prolongar nossos anos saudáveis, evitando doenças e enfermidades e, portanto, vivendo uma vida ativa, saudável e feliz.”

A expectativa de saúde não é um dado predeterminado: há coisas que você pode fazer para aumentá-la. “Eu realmente acredito em trabalhar para melhorar a expectativa de saúde”, diz Linda Ercoli, PhD, diretora interina do UCLA Longevity Center. “Faço isso desde antes de o termo ter sido criado”.

A saúde é uma área ampla, e cada especialista aborda o tema à sua maneira. Com isso em mente, procuramos sete pesquisadores e médicos que trabalham com pacientes idosos para saber mais sobre o que eles fazem para melhorar a própria saúde. Confira a seguir o que eles compartilharam.

Aproveitar todos os dias de férias e priorizar os relacionamentos pessoais estão entre as dicas de médicos para garantir uma longevidade saudável. Foto: Pixel-Shot/Adobe Stock

“Eu tiro todos os meus dias de férias”

Barbara observa a importância de reduzir o estresse, uma vez que ele está ligado a um risco maior de vários problemas, como doenças cardíacas, obesidade e pressão alta. Ela tem várias maneiras de minimizar o estresse crônico em sua vida.

Uma delas é tirar folga do trabalho para relaxar, quando possível. “Eu tiro todos os meus dias de férias”, diz ela. “Somos péssimos nisso como país e precisamos, merecemos e temos direito a isso”. Mesmo que você não possa viajar, reservar um tempo específico para fazer coisas ou relaxar é crucial, segundo Barbara. “Eu faço isso todos os anos”, acrescenta ela.

Barbara também tenta praticar o perdão para reduzir seus níveis de estresse. “Apegar-se ao estresse e a algo que outra pessoa fez só afeta você, provavelmente não a outra pessoa”, diz ela. “Então, deixe para lá”. A gratidão também pode ser útil, diz ela. “Lembre-se de agradecer pelo que você tem, pelo que fez e por quem você é – e deixe o resto para lá”, aconselha.

“Incorporei uma quantidade significativa de vegetais à minha dieta”

Estudos têm associado as dietas à base de vegetais a um risco menor de doenças cardíacas, diabetes, câncer e outros problemas graves. Isso fez com que John Fudyma, professor clínico de medicina e chefe interino da Divisão de Medicina Geral da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade de Buffalo, se concentrasse em adicionar muitos alimentos de origem vegetal às suas refeições.

“Incorporei uma quantidade significativa de vegetais à minha dieta”, diz Fudyma, observando que ele tenta preencher ¾ do prato com plantas em todas as refeições. “Tento comer o máximo de vegetais possível”, conta.

Fudyma informa que seu objetivo é comer uma grande variedade de legumes, frutas, nozes e grãos e que parou de comer carne vermelha, que tem sido associada a um risco maior de doenças cardíacas, câncer, diabetes e morte prematura. “Às vezes, como aves nos feriados, mas sou mais pescatariano”, diz ele.

“Eu faço ajustes nas receitas”

Ter uma dieta saudável também é importante para Kathryn J. Lindley, professora associada de medicina e diretora do Centro para a Saúde da Mulher da Universidade de Vanderbilt. Para ela, isso significa se concentrar em comer muitas frutas e legumes, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura e carnes magras como frango e peixe. “Evitar o excesso de açúcares, as bebidas açucaradas e os alimentos processados pode contribuir muito para a saúde a longo prazo”, comenta.

Mas Kathryn também tenta melhorar as receitas trocando certos ingredientes. “Muitas vezes, é fácil deixar uma receita mais saudável fazendo algumas mudanças simples, como substituir a carne moída por peru moído, usar uma fritadeira de ar em vez de fritar em óleo, ou aumentar a quantidade de grãos ou legumes na receita”, exemplifica.

“Tento seguir os conselhos básicos de saúde”

Para Alfred Tallia, professor e presidente do Departamento de Medicina da Família e Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina Robert Wood Johnson, as etapas para ter um bom estado de saúde são simples. “Você já ouviu todas elas: não fume, não beba álcool em excesso, ou mesmo não beba nada, não coma demais, mas coma alimentos saudáveis e não processados e, é claro, o mais importante: mantenha-se ativo e faça exercícios”, diz ele.

Tallia também faz questão de consultar seu médico de família regularmente para ficar em dia com a saúde e fazer exames para detectar possíveis problemas, como pressão alta, colesterol elevado e diabetes, e tratar o que quer que apareça o mais rápido possível. Seguir essas etapas significa “fazer tudo o que estiver sob seu controle para maximizar seus anos saudáveis”, nota.

“Eu me exercito todas as manhãs”

Bert Mandelbaum, especialista em medicina esportiva e cirurgião ortopédico do Cedars-Sinai Kerlan-Jobe Institute em Los Angeles e autor de The Win Within: Capturing Your Victorious Spirit, diz que tenta fazer atividades diariamente. “Todas as manhãs, faço caminhada, corro, ando de bicicleta ou levanto pesos”, diz ele. “Às vezes, nado. Tento fazer o máximo de atividades que posso”.

Mandelbaum diz que para ele é importante gostar de se exercitar e tenta usar as atividades físicas para impulsionar seu estilo de vida. “Esses exercícios exigem força, equilíbrio e coordenação”, explica. “Você precisa ter tudo isso para ter saúde”.

Mandelbaum tenta variar os exercícios para trabalhar diferentes músculos e reduzir o risco de lesões. “Para subir colinas, você não pode ter joelho ruim ou músculos fracos”, diz Mandelbaum. “Você é tão forte quanto seu elo mais fraco”.

Pesquisas também descobriram que variar as atividades pode reduzir o risco de quedas, que são uma das principais causas de incapacidade e morte em adultos mais velhos.

“Eu priorizo o sono de qualidade”

Pesquisas mostram que um sono bom e restaurador apoia seu sistema imunológico e a saúde do cérebro, entre outras coisas – e é por isso que Linda tenta priorizar o sono. “O sono é muito importante”, afirma. “Tem que ser sono suficiente e sono de boa qualidade”.

As diretrizes atuais sugerem que a maioria dos adultos precisa de pelo menos sete horas de sono por noite, mas Linda ressalta que as necessidades de sono de cada pessoa são ligeiramente distintas. “Tento dormir cerca de oito horas por noite”, conta.

Para propiciar um sono bom, Linda diz que tenta “desligar” antes de ir para a cama, na tentativa de diminuir seus níveis de estresse – e aumentar as chances de um sono de qualidade – antes de se enfiar debaixo dos lençóis.

“Eu levo os relacionamentos muito a sério”

O cirurgião-geral dos Estados Unidos recentemente ressaltou a necessidade de conexão social, observando que é um fator “subestimado” na qualidade de vida. Pesquisas também descobriram que ser socialmente ativo pode ajudar as pessoas a viver mais.

Esta é uma das razões pelas quais os relacionamentos são um foco para Scott Kaiser, geriatra e diretor de saúde cognitiva geriátrica do Pacific Neuroscience Institute no Providence Saint John’s Health Center em Santa Monica, Califórnia. “Quando você olha para a longevidade saudável, o fator mais importante talvez seja a qualidade dos nossos relacionamentos”, diz. “Eu realmente tento priorizar os relacionamentos tanto quanto outros aspectos da vida, como sono, alimentação saudável e exercícios.”

Embora Kaiser observe que o trabalho pode ser “exaustivo”, ele ainda arranja tempo para se conectar com amigos e entes queridos quando não está atendendo pacientes. “Mesmo a pessoa mais ocupada inevitavelmente tem tempo livre em algum momento”, diz ele. “É muito importante usar esse tempo livre para garantir que você também esteja promovendo a conexão com as outras pessoas”.

Esta história foi publicada originalmente na Fortune.com. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Fonte: Externa

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