O governo estadual de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (06) a criação do Fundo de Aval de Eficiência Energética (FAEE), um mecanismo de financiamento específico para projetos de transição energética de pequenas médias empresas. O fundo nasce com um aporte de 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 46 milhões) captados junto à agência alemã de cooperação internacional, a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).
A ideia é que os recursos desse fundo cubram também financiamentos para eficiência energética no âmbito do Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria (PotencializEE). Com isso, o mecanismo terá potencial de alavancar cerca de R$ 420 milhões em investimentos de eficiência energética viabilizados por linha de crédito da Desenvolve SP, agência de fomento do governo estadual vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
O argumento da Semil é o de que o FAEE, assim como o Finaclima SP, lançado por decreto do governador Tarcísio de Freitas na quarta-feira (05), ajudará a destravar gargalos e acelerar investimentos em ações de resiliência climática no Estado.
A meta do governo Tarcísio, segundo a Semil, é economizar mais de 7 TWh no consumo de energia até 2025 na esfera do PotencializEE – o que equivale mais que o dobro do consumo de energia elétrica da cidade de Campinas. Com isso, o objetivo é mitigar a emissão de 1,1 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2).
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende, acredita que o FAEE ajudará a atingir a meta ao facilitar financiamentos para sistemas de refrigeração, aquecimento e cogeração, além da avaliação de usabilidade de equipamentos e tecnologias eficientes como motores, bombas, ventiladores, ar comprimido e outros. O financiamento para instalação de usinas fotovoltaicas também é uma das linhas previstas para o FAEE.
“Com a operacionalização desse fundo, estamos dando mais um importante passo para impulsionar a descarbonização almejada nos nossos planos de Ação Climática e de Energia e tornar as pequenas e médias indústrias paulistas mais competitivas”, declarou Resende em nota.