Durante o calendário do desmatamento, que vai de agosto a março, as terras indígenas da Amazônia tiveram uma redução de 42% na derrubada de floresta no último período analisado, é a menor área desmatada desde 2018.
O dado positivo é divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) na semana do no Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril.
De agosto de 2023 a março de 2024, foram desmatados 73 km² de terras indígenas da Amazônia. No período anterior, esse número foi de 125 km². Confirma os dados da série histórica durante o calendário de desmatamento:
Quando se olha para março de 2024, a queda no desmatamento foi de 89% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 3,77 km² para 0,42 km². Das sete terras indígenas mais desmatadas, Roraima foi o estado mais afetado.
Considerando toda a área da Amazônia Legal, que engloba nove estados do Brasil, os números para o calendário do desmatamento tiveram uma redução de 60% na derrubada de floresta no último período analisado, é o menor valor da série histórica desde o calendário de 2018.
Entre agosto de 2023 a março de 2024, a região afetada foi de 1.948 km². No período anterior, esse número foi de 4.912 km². Apesar da redução, a área de 1.948 km² ainda equivale a um território maior que a cidade de São Paulo.
Em relação a março de 2024, houve uma diminuição de 64% em relação ao mesmo período de 2023. O que equivale ao 12º mês consecutivo com queda na perda florestal, apresentando 124 km² de desmatamento.
Em relação aos estados, Amazonas, Mato Grosso e Roraima foram os que mais desmataram no terceiro mês do ano, eles tiveram consecutivamente 28%, 26% e 25%, ocupando 79% da devastação em toda a Amazônia Legal, o que representa 98 km², área semelhante à cidade de Vitória, capital do Espírito Santo.
Pará está na quarta posição do ranking de março de 2024. Apesar disso, o estado tem cinco das dez unidades de conservação mais desmatadas no mês, são elas: APA do Tapajós, APA Triunfo do Xingu, Flona de Saracá-Taquera, Flona Jamanxim e Floresta Estadual do Paru. Juntas elas somam 6,3 km², o que corresponde a 630 campos de futebol de floresta nativa.