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Casos de encefalite na Bahia podem ter chikungunya como principal responsável, indica estudo

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Casos de encefalite na Bahia podem ter chikungunya como principal responsável, indica estudo

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Grande parte dos casos de encefalite registrados na Bahia entre 2020 e 2022 podem ser consequência de uma infecção pelo vírus chikungunya. É o que revela uma pesquisa coordenada por Isadora Cristina de Siqueira, pesquisadora da Fiocruz Bahia, com resultados publicados na revista The International Journal of Infectious Diseases.

Chikungunya é transmitido pelo mesmo mosquito que pode carregar o vírus da dengue, ou seja, o Aedes aegypti Foto: raisondtre/Adobe Stock

Em geral, a encefalite é caracterizada pela inflamação no cérebro que atinge as meninges, membranas que recobrem o sistema nervoso central. Como principais sintomas, a pessoa pode apresentar febre, dor de cabeça e convulsões, com evolução rápida dos sinais para um possível coma.

De 43 casos da condição analisados no estudo, ao menos nove tiveram a presença do arbovírus em amostras obtidas dos participantes. No total, 27 casos não tiveram causa identificada, três testaram positivo para o vírus da dengue, dois para adenovírus humano, um para vírus varicela-zóster e um para enterovírus.

Segundo a pesquisa, a maioria das amostras de encefalite positivas para chikungunya foi coletada entre março e julho de 2020. Neste período, houve um surto de infecções por esse arbovírus na Bahia.

Embora a presença do vírus não implique necessariamente em uma relação de causa e consequência com encefalites, os dados do estudo reforçam que o vírus representa um fator significativo para a condição durante surtos e epidemias, conforme comunicado da Fiocruz.

Cenário atual

A Bahia registrou 14.097 casos prováveis de chikungunya em 2024, segundo o informe semanal de arboviroses do Centro de Operações de Emergência (COE) do Estado. No mesmo período de 2023, foram notificados 11.045 casos prováveis, o que representa um aumento de 27,6%.

Assim como a dengue, o vírus é transmitido pela picada de um mosquito, o Aedes aegypti, que foi infectado. Dessa forma, a melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do inseto. Para isso, é preciso eliminar a água que fica parada em recipientes como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso, que podem se tornar criadouros do mosquito.

Além disso, o Instituto Butantan desenvolveu uma vacina contra o vírus chikungunya em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva. O imunizante, chamado Ixchiq, foi aprovado em 2023 pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. No Brasil a vacina ainda não está liberada pela Anvisa. / Com Agência Fiocruz de Notícias

Fonte: Externa

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