O mais recente decreto do governo do Rio Grande do Sul apontou que 336 municípios do Estado estão sob calamidade pública devido às fortes chuvas iniciadas a semana passada. Este número representa 67% dos municípios gaúchos e soma 9,1 milhões de pessoas (83% da população gaúcha).
Até segunda-feira (6), A Defesa Civil gaúcha confirmou que as fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana mataram ao menos 85 pessoas. O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 134 desaparecidos, além de 339 feridos. Também há quatro óbitos em investigação.
Quando são levadas em conta apenas as mortes por chuvas intensas, esse é um dos piores cenários em mais de 30 anos no Brasil. Segundo o Atlas Digital de Desastres no Brasil, do Ministério de Desenvolvimento Regional, com dados de 1991 a 2022, o que acontece agora no Rio Grande do Sul só foi superado pelas tempestades de maio de 2022 que mataram 117 pessoas na Grande Recife.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, há 47,7 mil desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 153,8 mil desalojados. Do total de 497 municípios do Estado, 385 foram afetados pelas fortes chuvas da região.