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Vegetais crucíferos são aliados contra o câncer; saiba quem são eles e como agem

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Vegetais crucíferos são aliados contra o câncer; saiba quem são eles e como agem

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Brócolis, repolho, couve, couve-flor, couve-de-bruxelas, rúcula e agrião são alguns dos integrantes do grupo conhecido como crucíferos. Segundo uma pesquisa publicada em agosto no periódico Journal of Food Science, esses vegetais são aliados contra o câncer.

Pesquisadores chineses analisaram 22 meta-análises – que são revisões abrangentes encontradas na literatura científica – e elencaram efeitos protetores contra tumores gástricos, de pulmão, de mama, de próstata, entre outros. “Vale salientar, entretanto, que se trata de um estudo de associação e que as pesquisas incluídas referem-se a diferentes populações e até formas distintas de plantio e de solo”, pondera o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Mas a relação desses vegetais com a redução do risco de câncer vem de longa data. Um cardápio com boa oferta de hortaliças, nesse caso com espaço para as crucíferas, fornece uma porção de substâncias protetoras, a começar pelas fibras. Elas atuam em prol do trânsito intestinal e favorecem a microbiota, dois fatores relacionados à diminuição do risco de tumores.

Brócolis, repolho, couve, couve-flor, couve-de-bruxelas, rúcula e agrião são alguns dos vegetais conhecidos como crucíferos. Foto: SewcreamStudio/Adobe Stock

Esses vegetais também acumulam compostos sulfurosos, caso dos glucosinolatos. Pela ação de enzimas no nosso organismo, transformam-se em isotiocianatos, com destaque para o sulforafano, um dos mais estudados e com maior potencial anticâncer. Outro componente, de nome estranho e com a mesma função, é o Indol-3-carbinol.

A lista conta ainda com os carotenoides, festejados pela ação antioxidante, ou seja, que blinda as células de danos causados pelo excesso de radicais livres. Vale menção para a presença de vitaminas, sobretudo o ácido fólico, integrante do complexo B, e a vitamina C, além de minerais, como o potássio e o magnésio. Todos esses ingredientes atuam em sinergia, potencializando a atuação benéfica.

Uma sugestão é priorizar os orgânicos ou dar espaço no cardápio para os itens da época, já que tendem a acumular menos defensivos agrícolas. E lembrando que a prevenção ao câncer envolve ainda outros bons hábitos, como a prática de atividade física e o manejo do estresse.

Quais são os crucíferos?

Pela classificação botânica, esses vegetais pertencem à família Brassicaceae e são chamados crucíferos porque o arranjo das folhas, dispostas em quatro, faz lembrar uma cruz. Grande parte é de origem europeia, mas há os que vêm da Ásia, como a couve-flor.

A seguir, saiba mais sobre alguns dos integrantes dessa família:

  • Agrião: Um de seus destaques é a concentração de antioxidantes como a vitamina C e os carotenoides. O sabor picante incrementa saladas e sanduíches, entre outras preparações.
  • Brócolis: Existem dois tipos, o de cabeça única, chamado ninja, e o ramoso, também conhecido como caipira. Os brócolis estão entre os maiores fornecedores de compostos sulfurosos, precursores do sulforafano. Para aproveitar toda a riqueza, a recomendação é prepará-los no vapor. Ficam perfeitos em saladas, sopas, pratos de massa à moda italiana e ainda em receitas asiáticas.
  • Couve-de-bruxelas: A hortaliça pequenina também oferece compostos de potencial anticâncer, caso dos isotiocianatos. Seu sabor é levemente amargo, graças à presença de uma substância conhecida como sinigrina. Entra no preparo de saladas, mas serve como acompanhamento de carnes, aves e massas.
  • Couve-flor: Excelente fonte de fibras, as aliadas do funcionamento do intestino. Uma das receitas mais famosas é a couve-flor gratinada, mas ela fica deliciosa em sopas e cremes.
  • Couve-manteiga: Muito presente na culinária mineira, a couve pode ser refogada e temperada com alho. Também tem feito sucesso no preparo de sucos verdes, receita que preserva boa parte da vitamina C, um de seus nutrientes de destaque.
  • Repolho: Segundo historiadores, essa hortaliça ajudou a aplacar a fome de povos europeus. Uma de suas versões, a roxa, contém antocianinas, grupo de pigmentos de ação antioxidante. Mas o repolho branco também concentra compostos protetores, caso dos flavonoides. Além do chucrute alemão, um prato fermentado que favorece a microbiota intestinal, vai bem em refogados, entre outras receitas.
  • Rúcula: Outra representante da família que é levemente picante. Ela contém luteína e a zeaxantina, dupla de carotenoides que protegem as células de danos oxidativos. Versátil, aparece na cobertura de pizzas e incrementa sanduíches e saladas, por exemplo.

Fonte: Externa

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