A startup Magie criou uma criptomoeda que será enviada como recompensa aos usuários que fizerem pagamentos no Pix usando a tecnologia da empresa. Hoje, a Magie se define como um “banco no WhatsApp”, pois possibilita pagamentos e transferências no Pix por meio do aplicativo de mensagens.
Mesmo com a facilidade das transações instantâneas no Pix, muitas pessoas não utilizam a ferramenta como método primário para pagar por produtos e serviços no dia a dia. Isso ocorre porque muitas vezes os bancos e fintechs oferecem mais vantagens ao utilizar o cartão de crédito, tais quais cashback e milhas.
A ideia de Ramalho, portanto, foi trazer essas vantagens para o Pix, estimulando o uso do meio de pagamento em vez dos cartões.
Para desenvolver a Mcoin, o empresário trouxe a equipe que criou a primeira versão da Nucoin dentro do Nubank. “A Nucoin foi um experimento gigantesco, com 16 milhões de pessoas”, lembra.
Um ponto importante, de acordo com Ramalho, é que fazer a milhagem na forma de criptomoeda traz maior transparência ao projeto. Ele diz que quis se afastar da inflação escondida que existe em programas de pontos tradicionais.
“A Mcoin terá valor de mercado e poderá ser trocada e congelada em staking em troca de benefícios na nossa rede de parceiros”, explica.
No começo, não será possível comprar ou vender a criptomoeda, mas Ramalho garante que a funcionalidade será implementada assim que o programa ganhar tração. “O mercado vai ser livre. Parte do sucesso é deixar o mercado fazer a descoberta de preço.”
O empresário afirma que está desenhando a dinâmica para atenuar problemas que possam ocorrer como a manipulação do preço do token por usuários que detiverem quantidades desproporcionais dele. “Inicialmente, vamos colocar um limite para compra por CPF e ele será flexibilizado. Faremos uma liberação gradual”, conta.