Confiança pela comunicação
Durante o Fórum de Líderes do Sell-Side da Bloomberg, realizado em Londres em maio de 2025, os participantes refletiram sobre a volatilidade recente e como os bancos podem se preparar melhor para futuras dificuldades.
Manter os clientes sempre bem informados sobre as condições do mercado em tempo real surgiu como uma das estratégias mais eficazes. Graças aos sistemas de mensagens e chat com tecnologia IA, como o Instant Bloomberg (IB) e outras soluções com base em dados, traders conseguem manter o fluxo de informações enquanto os mercados se movimentam. Isso permite que as contrapartes obtenham insights sobre os mercados, avaliem a liquidez e tomem decisões com rapidez.
Os clientes têm a capacidade de se informar sobre a evolução do mercado tão rapidamente quanto os bancos, graças às ferramentas que lhes permitem entender a situação de liquidez quase em tempo real. Ao gerar analytics de fluxos, risco, informações cross-market, volatilidade, volumes de trading e outras métricas essenciais, os bancos mantêm seus parceiros de trading, tanto humanos quanto algorítmicos, totalmente informados.
O princípio ficou claro: boas decisões ao alcance de todos.
Estabilidade aprimorada com dados cross-platform
Os canais abertos são mais eficazes se forem alimentados por dados de alta qualidade, e é aí que a eletronificação se mostrou inestimável para o sell-side. Além de simplificar as ordens de negociação, execução e liquidação, o trading eletrônico permitiu a captura de dados essenciais sobre custos, performance e variações de preços. Isso levou a modelos de precificação mais precisos e estruturas de gerenciamento de risco mais robustas.
Reconhecendo esses benefícios, os bancos investiram bastante em sistemas digitais na última década. Os processos baseados em dados também permitiram integrar as mesas de trading em estratégias multiativos, proporcionando uma percepção mais completa dos mercados a todo momento. Isso foi crucial para os traders encontrarem liquidez em momentos de tensão no mercado.
A integração entre empresas de portfólio, ETFs, mesas tradicionais e estratégias algorítmicas — combinada com pilhas de tecnologia e precificação unificadas e análises abrangentes de risco — provou ser fundamental. Entender a exposição em diferentes níveis de liquidez é um aspecto central dessa abordagem.
Eletronificação contínua
Até o momento, a eletronificação do trading progrediu em velocidades variadas em todas as classes de ativos. Os ativos de ações e câmbio lideraram o caminho, pois dependem muito de dados estruturados que os sistemas digitais podem processar com mais facilidade.
Para outros ativos que exigem dados não estruturados mais distintos e subjetivos, incluindo renda fixa e derivativos, a digitalização tem sido mais lenta. Isso está mudando.
Em termos de eletronificação, a renda fixa está começando a se aproximar de seus concorrentes. Negociações menores e em lotes já estão sendo executadas em grande parte por ferramentas de trading automático, auxiliadas por serviços de precificação, como o BVAL — o serviço de precificação avaliada da Bloomberg —, e o B-PIPE — um feed de dados de mercado em tempo real que permite às empresas aprimorarem os sistemas de trading, analytics e risco com dados transmitidos de alta qualidade e específicos de cada ativo.
Mas até mesmo o trading tradicional por voz pode se beneficiar de soluções de dados em tempo real. Durante o período de aperto da liquidez nos mercados de renda fixa observado nos primeiros meses de 2025, os traders conseguiram tomar decisões mais rápidas e eficazes porque foram informados por preços e pesquisas apoiados por dados em tempo real, derivados, em parte, de ferramentas de IA como processamento de linguagem natural e ferramentas de aprendizado de máquina. Essas tecnologias podem analisar e tabular pontos de dados distintos de uma variedade de fontes de informações que os sistemas regulares não conseguem processar, como PDFs, reportagens e até mesmo redes sociais.
Um futuro personalizado
À medida que a eletronificação se acelera, mais processos de sell-side provavelmente serão terceirizados para provedores de tecnologia especializados. Os provedores mais bem posicionados para o sucesso serão aqueles que oferecerão um serviço personalizado, reconhecendo não só as características exclusivas de cada cliente como também as exigências dos diferentes ativos e mercados com os quais eles negociam.
O ritmo da eletronificação varia não apenas de acordo com a classe de ativos, mas também dentro de organizações e departamentos. Para serem eficazes, os provedores terceirizados devem entender essas dinâmicas e oferecer soluções que se integrem perfeitamente em diversos sistemas.
Parcerias, entendimento mútuo e comunicação transparente sobre métodos e processos são essenciais. Os provedores que conseguirem se alinhar explicitamente ao estilo operacional e os objetivos de seus clientes estarão melhor posicionados para oferecer suporte ao sell-side em um futuro cada vez mais digital.
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Os insights deste artigo são baseados em painéis e conversas do Fórum de Líderes do Sell-Side da Bloomberg, realizado em Londres em maio de 2025.