BRAIP ads_banner

Liderar pela mudança: desenvolvendo soluções de ETF num mercado em evolução

CasaNotícias

Liderar pela mudança: desenvolvendo soluções de ETF num mercado em evolução

Como entender e avaliar as regulamentações de sustentabilidade em constante evolução
Líder do governo cita evolução na negociação do Perse e espera votação na terça (23)
Negociação eletrônica e automação: a evolução da automação do fluxo de trabalho de negociações

Com as novas soluções de ETF impulsionando um mercado em evolução, quais as principais mudanças que moldam o setor?

A mudança tem definido o mercado de ETFs desde sua criação, quando muitos acreditavam que o trading eletrônico tornaria os papéis tradicionais obsoletos. Em vez disso, o mercado prosperou, atingindo o recorde de US$ 1 trilhão em entradas de ETFs no ano passado, com sua adoção superando expectativas e acelerando rapidamente. “Sinto que o mercado está apenas começando a alcançar um momento decisivo de crescimento exponencial que criará oportunidades extraordinárias nos próximos 20 anos”, diz Abner.

Os ETFs são similares à tecnologia, razão pela qual a adaptabilidade à mudança se tornou uma característica definidora desse mercado e de seus profissionais. Tal aspecto se evidencia na expansão dos ETFs para uma gama cada vez maior de classes de ativos, que agora inclui de títulos a Bitcoin, e também repercute numa base de investidores cada vez mais diversificada, que se expandiu de investidores institucionais para gestores de patrimônio. À medida que os ETFs ultrapassam novas fronteiras, eles continuam a democratizar o acesso aos investimentos. “Se você não gosta de mudanças, vai gostar ainda menos da irrelevância”, diz Paglia.

Que fatores impulsionaram as mudanças na adoção de ETFs e nas estratégias de investimento dos últimos anos?       

O ponto de inflexão para os ETFs ocorreu há cinco anos, com uma mudança no sentido de educar consultores e investidores sobre o papel desse fundos nos portfólios, em especial dos ETFs ativos transparentes. Nesse processo, um dos tópicos centrais foi a comparação entre ETFs e fundos mútuos e ETFs baseados em índices, com fatores externos, como o trading de ETFs sem comissões, atuando como catalisadores para a adoção mais ampla dos ETFs entre gestores de patrimônio e consultores.

Embora os ETFs ativos se assemelhem aos ETFs de índice em termos de tecnologia, eles oferecem flexibilidade adicional na gestão da exposição. Portanto, a educação continua sendo um processo essencial para ajudar os stakeholders a compreenderem sua mecânica e terminologia.

Os investidores estão cada vez mais preocupados com a concentração de mercado no topo, especialmente com os ganhos não realizados em índices importantes como o S&P 500. Isso tem levado muitos deles a explorar estratégias alternativas, como investimentos em empresas de pequena capitalização ou internacionais, que podem oferecer melhores oportunidades de valuation.

Nesse contexto, deve-se enfatizar a criação de alocações diversificadas de longo prazo adequadas para décadas, em vez de empreender mudanças drásticas e generalizadas. É fundamental rever as premissas por trás da alocação de ativos, como objetivos e considerações de risco, especialmente em mercados concentrados. “Essas são medidas urgentes, principalmente para investidores individuais, pois eles podem acreditar que investir seja fácil após desfrutarem de retornos significativos ao alocarem recursos em índices como o S&P 500”, diz McInnis.

Enquanto o mercado deixa de focar em setores de nicho para criar portfólios completos, que garantam a geração de receita e ofereçam exposição ao beta, há também pressão para disponibilizar aos investidores as ferramentas necessárias para gerenciar seus investimentos. “Os indivíduos, sejam eles professores ou profissionais de investimentos, merecem uma experiência de investimento justa e fácil de entender. Ninguém deveria ter que mudar de carreira para gerenciar seu dinheiro”, diz Abner.

Quais as principais oportunidades de crescimento para empresas que buscam atender às demandas em evolução dos clientes e melhorar sua eficiência no próximo ano?

A era de lançar novos produtos e esperar pelo melhor acabou. “Os clientes não querem um novo brinquedo; querem soluções para os seus problemas”, diz Paglia. As empresas devem adotar uma abordagem centrada no cliente, atendendo a necessidades como a redução da volatilidade ou do risco de concentração e oferecendo ferramentas personalizadas para esses objetivos. O valor não está apenas nos produtos em si, mas nos serviços e no suporte em torno deles. À medida que os clientes consolidam os vínculos com seus provedores, o objetivo é estabelecer-se como parceiro preferencial, oferecendo não apenas produtos, mas também dados que geram ação, liderança de ideias e especialização em estratégias de ponta.

Um exemplo claro das necessidades em evolução dos clientes é a pressão para incluir ETFs nos planos 401(k). Embora os ETFs sejam semelhantes aos fundos mútuos, que são essenciais nos planos 401(k), algumas barreiras tecnológicas atualmente impedem essa inclusão. “O inimigo da eficiência é a fragmentação”, observa Abner, enumerando os esforços para permitir que contas de aposentadoria comprem ETFs diretamente, a fim de reduzir custos e melhorar a eficiência fiscal para esse tipo de poupadores.

“Embora eu, pessoalmente, goste de um ‘toque apimentado’, nossa abordagem para portfólios é mais ‘pé no chão’”, diz Eric Balchunas, Analista Sênior de ETFs da Bloomberg, enfatizando que portfólios bem-sucedidos são constituídos com base na alocação de ativos. Isso quer dizer que a eficácia de um produto depende das necessidades e da sua aplicação pelo usuário final. Por exemplo, investidores com total discernimento sobre seu portfólio podem descobrir que estratégias tradicionais têm o potencial de oferecer resultados comparáveis aos dos novos pacotes de soluções de investimento. Embora muitos consultores estejam diversificando suas alternativas, como por exemplo para o capital privado, as ações tradicionais de longo prazo e a renda fixa continuam sendo a espinha dorsal da maioria dos portfólios, pois oferecem um potencial significativo de geração de valor, mesmo quando ofuscadas por estratégias mais exóticas.

Quais os desafios atuais enfrentados pelo setor? Como eles impactam as empresas que buscam administrar essas mudanças?

O setor de investimentos está se especializando, pois nem toda empresa pode assumir um estilo “everything-to-everyone”. Muitas vezes, o sucesso vem de se concentrar no que se faz de melhor e se destacar em áreas específicas. Grandes empresas estão ampliando seus produtos para incluir opções mais básicas e de maior demanda, principalmente a renda fixa, que promete crescer bastante. Já os players menores e de nicho estão cada vez mais focados na especialização, testando novos temas e ideias inovadoras. As parcerias estratégicas possibilitam que as empresas combinem suas melhores habilidades com as de outras, para atender às necessidades dos clientes de maneira eficaz.

Apesar das preocupações com a saturação do mercado, inovação e novos conceitos continuam a impulsionar o crescimento no espaço dos ETFs. Os investidores institucionais vêm progressivamente passando a considerar os ETFs mais do que meras ferramentas táticas ou transitórias, reconhecendo suas vantagens estruturais em relação aos fundos mútuos. Em contrapartida, os ETFs oferecem economias de escala e eficiência de custos, ao mesmo tempo que protegem os investidores das ações de terceiros. “Você compra, paga do seu jeito e, uma vez lá, o que os outros fazem não impacta a sua exposição”, diz McInnis.

Fonte: Externa

BRAIP ads_banner