A Intel disse nesta segunda-feira (15) que reduziu sua perspectiva de despesas operacionais ajustadas para o ano de 2025 de US$ 17 bilhões para US$ 16,8 bilhões, refletindo a desconsolidação de seu negócio de chips programáveis, Altera.
A empresa registrou um prejuízo de US$ 18,8 bilhões em 2024, seu primeiro desde 1986, depois que o ex-diretor-presidente Pat Gelsinger investiu bilhões na expansão de seu negócio de fabricação por contrato.
O novo diretor-presidente, Lip-Bu Tan, está simplificando as operações e fazendo mudanças na gestão para fortalecer as finanças da empresa.
Isso ocorre à medida que o governo dos Estados Unidos assume uma participação acionária de 10% na empresa.
Em abril, a Intel concordou em vender 51% da Altera para a gestora Silver Lake, avaliando a unidade em US$ 8,75 bilhões, bem abaixo dos quase US$ 17 bilhões que a Intel pagou em 2015.
A Intel concluiu a transação semana passada, com a Silver Lake adquirindo uma participação majoritária na Altera por um valor patrimonial de cerca de US$ 3,3 bilhões, de acordo com um registro regulatório, refletindo o financiamento da dívida e o dinheiro para o negócio.
No primeiro semestre, a Altera relatou uma margem bruta de 55%, US$ 816 milhões em receita e US$ 356 milhões em despesas operacionais.
A Intel manteve sua meta de despesas operacionais para o ano de 2026 em US$ 16 bilhões.
A empresa disse em julho que encerrará este ano com uma força de trabalho mais de 20% menor do que no ano passado. Tan prometeu uma disciplina de custos mais rígida e “não mais cheques em branco”.