O governo lançou nesta quinta-feira (10) a Caderneta Digital de Saúde da Criança, ferramenta que pode ser acessada por meio do aplicativo Meu SUS Digital. O novo documento permite que as famílias acompanhem o histórico de vacinação dos filhos com previsão para as próximas doses e envio de lembretes na hora de vacinar.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ferramenta permite não apenas que as famílias acompanhem os dados de vacinação das crianças, mas também que tenham acesso a informações gerais sobre o desenvolvimento infantil.
“Vai ter acesso ao desenvolvimento dela [da criança], aos cuidados da saúde, às anotações de consultas, à evolução do crescimento, da estatura, do peso dessas crianças”, disse o ministro.
Padilha acrescentou ainda que a versão digital da caderneta infantil inclui instrumentos que auxiliam os profissionais de saúde na identificação precoce de sinais do transtorno do espectro autista (TEA). “É mais uma ampliação do papel da Caderneta de Saúde da Criança, e ela é um instrumento fundamental também de organização dos serviços”, disse.
Na área de cuidados da família, a caderneta oferece conteúdos interativos e educativos, com orientações práticas sobre amamentação, alimentação saudável e prevenção de acidentes. Além disso, o sistema também oferece informações sobre o uso consciente de eletrônicos, combate à violência e à prematuridade. Já na seção registros de saúde, é possível acompanhar um panorama completo da saúde da criança, como o seu histórico clínico.
Atualização da caderneta
O Ministério da Saúde informou que, entre os dias 14 e 25, escolas públicas de todo o país estarão mobilizadas para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes. A iniciativa faz parte do Programa Saúde na Escola, desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal e garantir a proteção de crianças e adolescentes.
Um total de 5.544 municípios aderiram à ação, envolvendo 27,8 milhões de alunos de 109,8 mil escolas, que representam 80% das instituições da rede pública de ensino. De acordo com o ministério, essa é a maior adesão da história do programa, criado em 2007.
O projeto prevê a vacinação no ambiente escolar e que as instituições de ensino levem os estudantes até uma unidade básica de saúde, sempre com a autorização dos responsáveis, para que a vacinação seja feita.
A meta do programa é vacinar 90% dos estudantes brasileiros. Conforme a faixa etária de indicação da vacina, serão aplicadas doses das vacinas contra febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV.
Para viabilizar a estratégia, o Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões — sendo R$ 15,9 milhões repassados aos estados e R$ 134 milhões aos municípios. A distribuição dos recursos considerou fatores como o tamanho do território, desafios logísticos, número de escolas e as particularidades de cada região.
