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Exame: IA Generativa desperta entusiasmo, mas ainda apresenta limitações no setor financeiro, diz líder da Bloomberg

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Exame: IA Generativa desperta entusiasmo, mas ainda apresenta limitações no setor financeiro, diz líder da Bloomberg

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Em entrevista exclusiva à Exame, o Global Head de Core Product da Bloomberg compartilha a perspectiva da gigante da tecnologia sobre inteligência artificial.

A ascensão da inteligência artificial generativa gerou um grande entusiasmo em diversos setores, mas já está claro que a tecnologia apresenta várias limitações que dificultam sua adoção no setor financeiro. Essa é a avaliação de Wayne Barlow, Global Head da equipe de Core Product da Bloomberg, em uma entrevista exclusiva à Exame.

O executivo afirma que “apesar do entusiasmo gerado por outros fornecedores de tecnologia em diversas indústrias, a IA generativa tem limitações no domínio financeiro, e estamos altamente atentos a isso”. A estratégia da gigante de tecnologia e dados no setor financeiro gira em torno da “mitigação” dessas limitações.

“Os modelos de IA generativa podem alucinar, se tornar rapidamente obsoletos e, sozinhos, não conseguem raciocinar ou realizar cálculos básicos. Alguns desses problemas têm um impacto significativo no setor financeiro, onde há muito em jogo. Não há dúvida de que as preocupações com a segurança da IA impulsionarão controles regulatórios nos mercados globais”, explica.

IA no Setor Financeiro

Apesar do recente hype em torno da IA generativa, Barlow ressalta que a inteligência artificial já existe e vem sendo utilizada nos mercados financeiros há muitos anos. A Bloomberg, por exemplo, começou a utilizar IA há mais de 15 anos. No entanto, projetos como o ChatGPT, impulsionados por Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs), introduziram novas dinâmicas no setor.

“A IA generativa é importante para os profissionais de investimento porque eles precisam de novas experiências de usuário e maneiras intuitivas de interagir com dados e análises. Esses profissionais também estão constantemente equilibrando o ‘excesso de informação’ com o ‘medo de perder algo importante’”, destaca.

Nesse contexto, o executivo vê vantagens na adoção de IA para agilizar e otimizar o consumo de notícias. No entanto, para que isso seja eficaz, os produtos baseados em IA devem ser “práticos e especificamente projetados para profissionais de investimento”.

Recentemente, a Bloomberg lançou resumos de notícias impulsionados por IA para investidores, nos quais a IA generativa cria os resumos, que são posteriormente revisados por especialistas para refinamento. Barlow observa que “a solução é simples, mas economiza tempo para os investidores”, o que ajuda a impulsionar a adoção.

“Os investidores precisam de ajuda para processar e organizar um volume crescente de informações, a fim de tomar decisões de negócios e investimentos mais rápidas e informadas”, enfatiza.

Para ele, a IA deve apoiar o desenvolvimento de fluxos de trabalho que “conectam dados e conteúdos não estruturados, como documentos extensos, em três áreas principais: ajudar a processar dados de novas maneiras, gerar insights e transformar a forma como os usuários interagem com nossos produtos”.

Barlow acredita que analistas de pesquisa focados em ações e crédito, bem como gestores de portfólio, provavelmente serão os que mais se beneficiarão dessa nova tecnologia. A IA generativa “expande os limites ao possibilitar descobertas amplas, explorações profundas e sínteses multifuncionais de informações”.

Automação e Finanças

O avanço de tecnologias como inteligência artificial também impulsionou iniciativas de automação nos mercados financeiros. Ao mesmo tempo, cresceram as discussões sobre seus benefícios e desafios potenciais. No entanto, o executivo da Bloomberg acredita que, neste estágio, a automação total não é viável.

“Certas tarefas sempre exigirão intervenção humana para decisões críticas de investimento. Isso já foi comprovado na última onda de tecnologia da informação, quando os mercados se tornaram mais eletrônicos nos últimos 20 anos”, aponta.

Mesmo assim, ele acredita que a IA generativa será particularmente útil para automatizar quatro áreas-chave: análise e visualização de dados, coleta e síntese de insights, criação e publicação de conteúdo e gerenciamento e análise de comunicação.

Outra área que deve ganhar força em 2025 envolve agentes de IA, que podem desempenhar diversas funções sem supervisão ou interação humana.

Barlow comenta que “é fascinante pensar em milhares de agentes e superinteligências enquanto a indústria debate se múltiplos agentes de IA, cada um com expertise em diferentes domínios e trabalhando juntos para resolver problemas complexos, ganharão tração em 2025”.

Sobre a abordagem da Bloomberg, ele compartilha que “ao avaliarmos agentes de IA no setor financeiro, aprendemos algumas lições importantes. Às vezes, eles não se comunicam da mesma forma que um humano faria com seus agentes subjacentes. Quando agentes de IA lidam com uma consulta do usuário, o sistema subjacente precisa estar treinado em frameworks de IA relevantes. Além disso, nem todos os agentes subjacentes são totalmente baseados em IA generativa”. Por essa razão, o campo ainda enfrenta diversas incertezas antes de poder se expandir em larga escala.

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Fonte: Externa

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