BRAIP ads_banner

‘Estamos à beira de um guerra regional no Oriente Médio’, alerta UE

CasaNotícias

‘Estamos à beira de um guerra regional no Oriente Médio’, alerta UE

Técnico do Vitória defende gramado do Barradão após fala de Abel Ferreira
Saiba quais shows do Circuito Sertanejo serão exibidos na TV
Ozempic: O que dizem as entidades médicas sobre estudo que associa semaglutida a doença ocular

O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse nesta quinta-feira, 18, que “estamos à beira” de uma grande guerra regional no Oriente Médio, mais ampla que o conflito na Faixa de Gaza e com consequências maiores. A declaração ocorre enquanto o mundo aguarda, em alerta, a resposta militar de Israel contra uma saraivada de mísseis de drones do Irã que atingiu o país no final de semana.

Em Bruxelas para uma reunião dos líderes da União Europeia, o diplomata afirmou que o governo israelense precisava exercer moderação no contra-ataque a Teerã, para evitar uma perigosa escalada das hostilidades.

“Não quero exagerar, mas estamos à beira de uma guerra, uma guerra regional no Oriente Médio, que irá enviar ondas de choque ao resto do mundo, e em particular à Europa”, alertou. “Então pare com isso.”

Mundo em alerta

Um conflito entre Irã e Israel tem potencial para projetar estragos para muito além do Golfo Pérsico. Tel Aviv nunca enfrentou inimigo tão bem preparado. Estima-se que o exército iraniano some 610 mil homens, contingente três vezes maior que o israelense, e tenha orçamento anual de US$ 7 bilhões.

Além disso, a economia ficaria sujeita à escalada nos preços do petróleo, que só esse ano já subiu 20%, superando os 90 dólares. Grande produtor da commodity e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Irã vende sua produção à China. E uma redução nas exportações causaria um salto nos preços, já que Pequim seria forçada a procurar novos fornecedores. Outro temor é a paralisação de rotas comerciais.

Continua após a publicidade

Os embates podem afetar ainda o Estreito de Ormuz, via navegável entre os Golfos de Omã e Pérsico, por onde passam diariamente um quarto do comércio global de petróleo. Observadores advertem que o Irã pode atacar petroleiros usando drones e mísseis, tática que vem sendo utilizada pelos rebeldes hutis do Iêmen, financiados por Teerã e aliados do Hamas, no Mar Vermelho – importante rota para chegar ao Canal de Suez.

Sanções: diplomacia versus militarismo

Borrell também disse nesta quinta-feira que atual regime de sanções da União Europeia contra o Irã seria reforçado e ampliado para punir o país por seu primeiro ataque direto a Israel e ajudar a prevenir futuras investidas semelhantes.

Líderes mundiais têm apostado na tática como maneira de dissuadir Tel Aviv de responder à ofensiva iraniana com poderio militar elevado. Ao contrário do território israelense, o Irã não tem proteções capazes de interceptar tantos ataques aéreos – 99% dos 300 mísseis e drones nem chegaram a tocar o solo no último sábado 13 –, o que significa que os estragos na República Islâmica seriam muito mais amplos e poderiam provocar uma escalada nas hostilidades.

Nesta quarta-feira, os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas prometeram aumentar as sanções contra o Irã para evitar as suas entregas de drones e mísseis a facções islâmicas aliadas em Gaza, Iêmen e Líbano. Os Estados Unidos também já anunciaram estarem preparando um novo conjunto de bloqueios econômicos à nação islâmica.

Fonte: Externa

BRAIP ads_banner