A empresa R7 Facilities, alvo da Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, nesta terça-feira (11), no âmbito da Operação Dissimulo, já foi investigada por uso de ‘laranjas’ e por envolvimento na fuga de detentos do presídio de Mossoró (RN), no ano passado.
Segundo processo que tramitou no Tribunal de Contas da União (TCU), apresentado pelo Ministério Público Federal, o governo federal contratou a R7 Facilities em nome de um ‘laranja’ para fazer manutenção dentro do presídio federal em Mossoró. À época, dois presos ligados à uma facção criminosa fugiram e foram presos após 50 dias. No entanto, o processo foi arquivado por falta de provas.
A reportagem tentou contato com representantes da empresa por telefone, que estava fora do ar, e por e-mail. O espaço segue aberto para manifestação.
A partir da investigação da empresa no caso da fuga no presídio, a CGU identificou que firmas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para manipular concorrências públicas, utilizando declarações falsas para obter benefícios fiscais indevidos e garantir vantagem sobre outros participantes dos certames.
Segundo a investigação, o grupo usava ‘laranjas’ como sócios para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas, dificultando a fiscalização e ampliando a atuação do esquema. O esquema envolve dezenas de contratos com a Administração Pública. Ao todo, são cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.
Os crimes envolvidos na investigação são de frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a Administração Pública.
