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Diagnóstico de psoríase pode levar cerca de cinco anos; conheça os sinais para procurar um médico

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Diagnóstico de psoríase pode levar cerca de cinco anos; conheça os sinais para procurar um médico

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A psoríase, doença que forma feridas de cor avermelhada na pele, que descascam e coçam, a princípio parece fácil de ser identificada. Porém, uma pesquisa mostra que os pacientes levam, em média, cinco anos para receber o diagnóstico.

Mais de 80% dos pacientes com psoríase relataram ter feridas no couro cabeludo Foto: Егор Кулинич/Adobe Stock

O levantamento foi realizado pela Ipsos e encomendado pela farmacêutica Bristol Myers Squibb. Ao todo, 120 pacientes já diagnosticados com casos graves ou moderados de psoríase responderam um questionário online, com perguntas sobre a doença. A margem de erro é de 8,9 pontos percentuais.

Pelas respostas, apenas cerca de 1% dos participantes obtiveram o diagnóstico em menos de um ano. Um dos motivos para essa demora, conforme o dermatologista Ricardo Romiti, coordenador da campanha de conscientização sobre a psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é a questão comportamental. “A pessoa vê a lesão de pele e, sem ir ao médico, começa a usar hidratante e pomadas achando que vai melhorar”, comenta.

O especialista aponta que, no começo da doença e nas fases mais leves, as feridas podem estar concentradas em apenas uma parte do corpo — o que leva uma parcela dos pacientes a achar que se trata de alergia e, novamente, cuidar da maneira errada.

O que é psoríase?

Trata-se de uma doença autoimune e não contagiosa cujos sintomas costumam se manifestar entre 20 e 35 anos, podendo também ocorrer em outras idades. “A principal característica é a presença das placas eritematosas, que são como feridas vermelhas descamativas”, diz o médico.

Na maioria das vezes, as placas sofrem essa descamação, liberando uma pele mais esbranquiçada ou prateada, semelhante a “escamas de peixe”. Há ainda formas mais raras, como a psoríase pustulosa, quando há presença de pus, e a psoríase eritrodérmica, que acomete 90% do corpo de uma vez.

Além da descamação, um terço dos pacientes apresenta inflamação nas articulações, a chamada artrite psoriática. Romitti conta que esse é mais um sintoma que os pacientes associam a outras comorbidades e acabam tratando de forma errada.

Origem

A doença tem relação com a genética familiar. Além disso, ela costuma se manifestar por algum motivo específico, que pode variar.

“Às vezes, (surge por) uma infecção na garganta, pelo próprio tempo frio, pode ser pelo uso de certo medicamento ou pelo estresse”, enumera o dermatologista.

Áreas afetadas

Cerca de 64% dos entrevistados afirmaram ainda apresentar sintomas. Os mais apontados foram: coceira, queimação ou dor na pele (70%); lesões elevadas, vermelhas e inflamadas (64%); pele seca que pode rachar ou sangrar (56%) e placas esbranquiçadas ou prateadas e escamosas (44%).

Sete em cada dez participantes responderam que a doença acometia de quatro a dez palmos da superfície corporal. Outros 22% tinham menos de um a três palmos afetados, 3% responderam menos que um palmo e 4%, mais de 10 palmos.

Perguntados sobre quais as áreas mais afetadas, 82% indicaram o couro cabeludo; 56% apontaram os cotovelos; 56% mencionaram o pescoço e 53%, o rosto. Joelhos (29%), pernas (28%) e braços (25%) também foram respostas frequentes.

Impacto emocional

Aproximadamente 70% dos participantes do levantamento relataram estar emocionalmente afetados ou extremamente afetados pela psoríase. A baixa autoestima e o desconforto físico causado pelas lesões foram apontados por 81% dos entrevistados.

Para o médico, isso é reflexo da estigmatização da doença. “Ninguém quer sentar em uma cadeira onde o paciente sentou, ao ver a pele descamada, ou chamar para o futebol, que pode ter contato corporal, mesmo não sendo uma doença transmissível.”

Além disso, muitos entrevistados revelaram ter ansiedade (62%), estresse (33%) e depressão (20%). “Quando pergunto aos meus pacientes o que eles percebem que faz aumentar a coceira, a grande maioria cita picos de estresse e ansiedade”, comenta o médico.

“Esse estigma que atrapalha a socialização acaba causando o estresse, que aumenta a ferida, num ciclo vicioso”, diz Romiti.

Tratamento

A doença ainda não tem cura. Há tratamentos, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que controlam a quantidade e a aparência das feridas, por exemplo, mas, mesmo que as erupções sumam, há chances de voltarem.

Fonte: Externa

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