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Bolsonaristas se solidarizam com Zambelli; Bolsonaro silencia sobre saída de deputada do país | Política

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Apesar de divergências com Carla Zambelli (PL-SP), apontada como pivô da derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de reeleição, bolsonaristas se solidarizaram com a deputada federal nesta terça-feira depois que ela anunciou que resolveu deixar o Brasil após ser condenada à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro, até o início da tarde, não havia comentado o assunto, assim como sua família. Na visão de aliados, o ex-presidente não deverá se manifestar imediatamente. Nas últimas horas, perfis dele em redes sociais se dedicaram a outros temas, como críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em março, Bolsonaro disse que Zambelli “tirou o mandato da gente”, responsabilizando-a pela derrota para Lula, depois que ela perseguiu, com arma em punho, um apoiador de Lula na véspera do segundo turno, na região da avenida Paulista. As imagens da cena tiveram repercussão imediata, na época.

Após a saída de Zambelli do país, parlamentares de direita passaram a tratá-la como uma “exilada política”, comparando-a ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do mandato e morando nos Estados Unidos, onde articula ações contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Zambelli disse que também deverá pedir um afastamento da Câmara dos Deputados.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), manifestou em rede social “total e irrestrita solidariedade à decisão da deputada” e disse que “a mulher mais votada do Brasil na última eleição foi forçada a deixar o país — não por crime, mas por opinião”. Zambelli somou mais de 946 mil votos na campanha à reeleição em 2022, ficando atrás somente de Nikolas Ferreira (PL-MG), com 1,4 milhão, e Guilherme Boulos (Psol-SP), com 1 milhão.

O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP), que é próximo da família Bolsonaro, disse ao Valor ser “totalmente desproporcional e ilegal o que o sistema judiciário está fazendo com ela”. “É um sinal dos tempos ver deputados recordistas de votos tendo que se exilar, ver um deputado como Daniel Silveira preso, enquanto corruptos condenados em três instâncias andam soltos por aí”, afirmou.

Colegas de partido de Zambelli na Câmara, em redes sociais, adotaram tom semelhante, falando em “perseguição à direita” e “silêncio forçado”.

Gustavo Gayer (PL-GO) chamou a deputada de “verdadeira guerreira” e ecoou a tese de que ela foi “obrigada a fugir dessa ditadura que se tornou o Brasil”. Carlos Jordy (PL-RJ) também empregou o termo “ditadura” e disse que Zambelli vai se instalar na Europa para “denunciar atrocidades”, em alusão ao que bolsonaristas consideram abusos cometidos pelo Judiciário brasileiro, em aliança com o governo Lula.

Já parlamentares de oposição ironizaram e repudiaram a decisão de Zambelli, que qualificam como “fuga do país”. Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, disse que “Zambelli fugiu” e anunciou que entraria com pedidos para a deputada ser incluída na lista da Interpol e para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) peça a prisão preventiva dela.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) provocou a adversária, afirmando que, “cansada de ser patriota brasileira, agora a Zambelli é patriota italiana”. A deputada indicou ter planos de ficar na Itália, já que a informação é que ela tem cidadania do país. Sâmia Bomfim (Psol-SP) cobrou que a parlamentar seja “trazida de volta não só para responder à condenação já estabelecida, mas por todos os crimes que cometeu”.

Fonte: Externa

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