A Votorantim terminou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 533 milhões, vinte e cinco vezes maior que os R$ 20 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A receita líquida da holding, que possui totalmente ou mantém participação em 12 negócios, atingiu R$ 13,3 bilhões, aumento de 10% em um ano.
O preço elevado da laranja contribuiu para o resultado da Citrosuco, assim como a originação de financiamento automotivo próxima dos níveis recordes ajudou no balanço do BV.
Segundo material que acompanha as demonstrações financeiras, também contribuiu para o resultado do trimestre o aumento nos preços de zinco, cobre e alumínio, associado a um maior volume de vendas na Nexa e na CBA.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 2,8 bilhões, pequena alta de 1%. Do Ebitda do trimestre, 58% veio da Votorantim Cimentos, 24% da Nexa, 12% da CBA e 6% da Acerbrag.
A empresa teve como resultado financeiro uma despesa de R$ 1,1 bilhão, ante despesa de R$ 256 milhões no segundo trimestre de 2023, afetada principalmente pela variação cambial, por causa das marcações de suas dívidas. A dívida líquida consolidada da Votorantim foi de R$ 15,8 bilhões no trimestre, crescimento de 21,5% em um ano.
A alavancagem da companhia, medida pela dívida líquida sobre o Ebitda anualizado ajustado ficou em 1,63 vez, ante 1,45 vez no primeiro trimestre deste ano e 1,39 vez em junho de 2023. A holding tem caixa líquido de R$ 6,6 bilhões.
A companhia destaca que no segundo trimestre foi feita a aquisição da AES Brasil pela Auren, o que torna o negócio a terceira maior geradora de energia renovável do país. A Auren também adquiriu a Esfera Energia, que atende clientes do mercado livre de eletricidade.
Outra aquisição do período ocorreu na Votorantim Cimentos, que comprou a produtora de concreto americana Western N.Y. Já em julho, a fabricante de cimentos anunciou a venda dos seus ativos na Tunísia para a chinesa Sinoma Cement.