A Coca-Cola alertou que políticas que podem levar a uma força de trabalho global menos diversa representam um risco potencial para seus negócios no futuro. A empresa sediada em Atlanta, nos Estados Unidos, incluiu o comunicado de advertência em documento anual, no momento em que uma ampla gama de empresas responde à pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para acabar com programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
“Se não conseguirmos atrair ou reter talentos especializados ou talentos de alto nível com perspectivas, experiências e origens diversas que reflitam a ampla gama de consumidores e mercados que atendemos ao redor do mundo, nossos negócios podem ser afetados negativamente”, disse a empresa, em parte do registro intitulada “riscos relacionados às nossas operações”. A empresa não forneceu mais detalhes sobre o assunto.
A Coca-Cola atua comoprestadora de serviços para o governo federal dos EUA, abastecendo com bebidas as forças armadas e outras instituições. A rival PepsiCo, que também tem contratos com o governo federal, se soma a várias outras empresas que abandonaram seus programas DEI. Isso inclui cortar metas de representatividade de funcionários e de expansão de seu programa de diversidade de fornecedores.
Empresas de diversos setores anunciaram mudanças em seus programas de DEI para evitar investigações criminais sob a administração de Trump.
Questionado, na semana passada, sobre se a Coca-Cola está mudando suas políticas de DEI para aderir à ordem executiva do presidente, o CEO, John Murphy, disse que a empresa está “focada em ter os melhores talentos ao redor do mundo”, mas acrescentou que “é claro, seguirá qualquer mudança nas regulamentações em nível nacional”.
Na quinta-feira (20), o site da Coca-Cola dizia que a DEI estava “no centro dos nossos valores e da nossa estratégia de crescimento”. A empresa lista metas como ter mulheres ocupando 50% dos cargos de liderança sênior até 2030 e ter sua força de trabalho nos EUA refletindo “dados do censo nacional em todos os níveis”.